Coliving, economia compartilhada entra com tudo no mercado imobiliário brasileiro

A tendência que está transformando a forma de morar nas cidades




Cotidiano

Ter um lugar para morar é uma decisão que todos devem tomar um dia e que transforma para sempre o dia a dia de quem está vivendo. Um dos motivos que faz essa escolha ser tão importante são os custos de vida, principalmente nas grandes cidades.

Seja para quem está saindo da casa dos pais, mudando de cidade ou buscando uma nova forma de viver, surgem algumas alternativas que podem diminuir os custos e viabilizar o sonho da casa ‘própria’.

Uma tendência com algumas semelhanças para quem gosta da ideia de morar em república, hostel e até mesmo dividir um imóvel com os amigos tem se tornado cada vez mais popular no mercado imobiliário aqui no Brasil: o Coliving.

O conceito, que vem ganhando cada vez mais adeptos, é uma solução eficaz para quem busca uma nova forma de morar, compartilhando espaços e experiências.

Iniciado na Dinamarca por volta dos anos 70, o projeto era conhecido como cohousing, um espaço onde 35 famílias viviam em unidades privadas compartilhando entre si atividades como refeições, atividades domésticas e claro, eventos.

Atualmente, o coliving se apresenta como uma nova proposta perante ao alto custo dos imóveis e a solidão de jovens que decidem iniciar na vida adulta.

Na prática, aderir a tendência é como dividir o aluguel de apartamento em Fortaleza em troca de um espaço compartilhado com outras pessoas com um estilo de vida parecido com o seu.

Os imóveis destinados ao coliving costumam ter suas contas inclusas e oferecem aos seus moradores uma experiência única, com ambientes bem decorados, privacidade para o seu próprio quarto, ao mesmo tempo em que oferece áreas compartilhadas como cozinha, sala de jantar, lavanderia e até mesmo coworking.

Diferente de ser apenas um lugar para dividir as despesas entre amigos e conhecidos, a proposta do coliving é viver em comunidade, com pessoas que compartilham de um estilo de vida em comum. Agora que você já sabe mais sobre essa tendência, veja se você tem o perfil para esse tipo de moradia:

Escolher um coliving ou dividir um apartamento?

Para muitas pessoas, a ideia de coliving ainda se confunde com a proposta de dividir um apartamento com um parente ou um amigo.

Muito mais do que dividir custos de um imóvel, a nova tendência tem como objetivo reunir pessoas com um interesses em comum, ligados principalmente à ideia de comunidade e sustentabilidade.

Viver em um ambiente compartilhado nesses casos está muito mais ligado a qualidade de vida, conexão com as pessoas e preocupação com o meio ambiente, do que na redução dos custos de vida, comum na hora de dividir um apartamento, por exemplo.

Entre as características que tem popularizado os colivings principalmente no Brasil é a oferta de um ambiente de qualidade, por um valor acessível, que seja capaz de oferecer um estilo de vida flexível e ao mesmo tempo confortável.

Mais do que uma solução financeira, o coliving reforça a ideia de comunidade nos grandes centros. No Brasil, essa modalidade pode ser vivenciada através de pagamentos mensais à empresa responsável pelo imóvel ou até mesmo contratos mais extensos, por volta de 1 ano, dependendo da escolha.

Isso também permite adotar uma vida mais flexível, com foco em viagens, trabalhos e amizades, agora substituídas pela burocracia, custos de vida e exigências da vida nas grandes cidades, desafios esses encarados pelos jovens adultos em busca de um novo lugar para morar.

Perfil de moradores

Uma das dúvidas mais comuns que surgem sobre o coliving é o público para o qual ele é destinado. Embora não exista um limite de idade definido, o mais comum é que jovens acabam se interessando pela vida em ambientes compartilhados.

Ao buscar um flat para alugar, o morador deve estar disposto a viver novas experiências, abrindo mão de algumas características como a privacidade em prol do coletivo.

Por outro lado, viver em um coliving facilita o acesso a novas oportunidades como viver em imóvel bem localizado, mobiliado e com serviços únicos disponíveis, que custam muito mais em um imóvel individual.

Vantagens e desvantagens

O coliving tem se consolidado como uma tendência no mercado imobiliário brasileiro atraindo jovens interessados em um novo espaço para morar e viver experiências.

Uma das vantagens dessa nova moradia sem dúvida é a economia de recursos. Isso porque imóveis destinados ao coliving costumam incluir no custo do aluguel ou assinatura o valor do quarto privado, mobília do ambiente, limpeza periódica do espaço, serviços como luz, internet e assinatura de streamings, lavanderia e alguns casos até itens básicos para casa como papel higiênico, lixeira e produtos de limpeza.

Quem opta por morar em um ambiente compartilhado também busca por otimização do tempo. Isso porque com as tarefas domésticas compartilhadas entre os moradores, o tempo gasto para a manutenção do imóvel diminui, proporcionando até períodos propícios para ausência e viagens programadas.

A localização é outra característica que costuma atrair os moradores para o coliving. Isso porque os endereços geralmente são bem localizados em pontos centrais das grandes cidades, o que facilita no deslocamento, no acesso a comércio e serviços, com custos menores se comparados com imóveis tradicionais no mercado. 

Além das vantagens financeiras, o coliving é uma ótima oportunidade para quem tem interesse em conhecer novas pessoas com um estilo de vida semelhante ao seu. Muito mais do que dividir custos, a proposta é compartilhar novas experiências como confraternizações, viagens em grupo e até mesmo trabalho.

Mas assim como em outras moradias, é possível se deparar com algumas desvantagens. A mais comum entre elas é a falta de privacidade. Com os espaços compartilhados, ter um momento a sós pode ser mais desafiador do que deveria ser.

Outro ponto que deixa a desejar é o período de mudança. Isso porque imóveis de coliving costumam ser construídos com esse objetivo, por isso podem levar até 3 anos do início do projeto até a entrega das chaves, sendo um ponto negativo para quem tem pressa em mudar. Curtiu? Compartilhe em suas redes sociais!